Crítica: O Hobbit – por Lucas Fratini

Em uma sala de cinema foi exibido O Hobbit – Uma Jornada Inesperada. Não um filme sujo, prosaico, com problemas em todo seu acabamento e cheiro de artificial, nem um desnecessariamente esticado, lento e repetitivo: esse é um Peter Jackson’s Hobbit, e isso significa, acima de tudo, uma experiência extraordinária.

A jornada inesperada começa sua linha de fantasia no começo da trilogia anterior, costurando um bordado de infinitas possibilidades para o passado de Bilbo. No entanto, a emenda é feita de forma coerente e extremamente sutil, ao reaproveitar alguns pequenos subtextos de A Sociedade do Anel para criar, assim, uma unidade entre todas as obras. Logo, sua posição espaço temporal não é deslocada, apenas acrescenta mais veracidade à gloriosa Terra Média, desenvolvendo seus mitos e relações históricas como se estudássemos o passado em um livro didático sobre algo o qual lutamos incessantemente contra nossa própria razão para nos convencer de que nunca existiu.

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Crítica: Jogos Vorazes – por Lucas Fratini

Há duas maneiras de um filme atrair o público. A primeira é através da pesada publicidade capaz de lotar seções antes mesmo de existir uma opinião formada acerca dele, feita por atores famosos, trailers e cartazes em todo lugar. A segunda é o confiável murmurinho gerado pelo boca a boca de indicações e elogios, o famoso “tá todo mundo dizendo que é ótimo!”, mesmo que às vezes todo mundo seja uma única pessoa. Tudo com o objetivo de criar curiosidade suficiente para arrastar o espectador ao cinema.

Quando essa expectativa é correspondida, o filme estoura nas bilheterias, passando semanas no pódio e alimentando os estúdios com milhões. Porém, quando há decepção da plateia, ele é fadado ao fracasso e esquecimento, pagando com prejuízo o preço da ambição. E infelizmente esse é o destino irrefutável de Jogos Vorazes.

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